Crescer e Viver lança programa para qualificar a formação em artes circenses e
performáticas no Rio.
Duração de dois anos e aulas serão oferecidas gratuitamente.
O circo tem palhaços, acrobatas e trapezistas, todos profissionais que levam anos apurando sua técnica com extenuantes e difíceis treinamentos. O circo é mais do que mero entretenimento, é uma forma de arte, que exige aprendizado e treinamento. Foi pensando nisso que a ONG Crescer e Viver adaptou o seu programa pedagógico para formar novos talentos circenses. Além das projetos e atividades que utiliza o circo como ferramenta pedagógica junto a jovens de 7 a 24 anos, a instituição está lançando o Programa de Formação do Artistas de Circo, com duração de dois anos e gratuito. As inscrições já estão abertas, no site www.crescereviver.org.br e vão até o dia 30 de setembro.
A iniciativa surgiu pela necessidade de se investir numa formação sólida – que alie técnica e teoria - na formação dos futuros artistas do picadeiro. “Pensamos em fazer algo inovador, baseado em nossa experiência e inspirado nos projetos pedagógicos dos principais centros de formação para as artes do circo no mundo e com um formato que aponte a possibilidade de reconhecimento, no futuro, pelo MEC”, disse o coordenador executivo da ONG Junior Perim. O curso terá 2.884 horas de aula, dividas em módulos semestrais básico, de capacitação, aprimoramento e qualificação, e abordará uma visão prática e teórica do novo circo como linguagem e forma de organização do espetáculo. Além das técnica circenses os alunos irão estudar temas como dança contemporânea, interpretação, história da arte, história do circo, anatomia, fisiologia e outros campos de conhecimento com foco voltado exclusivamente para a arte circense.
“Acreditamos que o circo tem como tradição a contemporaneidade mas há tempos que a produção circense no Brasil não apresenta inovações da linguagem, por isso vamos buscar com este novo programa formar jovens artistas de circo encorajados para investigar e desenvolver novos parâmetros e paradigmas estéticos a partir da sua relação com o corpo, o espaço e os objetos, desenvolvendo maneiras novas de conceber e apresentar os números e performances. Para isso é necessário ao artista ter criatividade, e ser criativo no circo é antes de tudo dominar conhecimentos e saberes artísticos, históricos, culturais e físicos”, explica Perim. O curso será oferecido para jovens de 15 a 24 anos, que tenham concluído o ensino fundamental. Serão selecionados de 30 a 40 jovens. O Crescer e Viver já iniciou diálogos com a Faculdade de Direção Teatral da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para reconhecer este programa como curso de extensão. Além disso as atividades formativas prevêem práticas cênicas (que poderão garantir ao aluno que concluírem toda a formação o registro profissional como ator, através da comprovação da atuação nas próprias produções e montagens de espetáculos previstas como conteúdo do curso.
Crescer e Viver
O CRESCER E VIVER é uma das mais respeitadas organizações do circo social brasileiro. Fundadora e integrante da Rede Iberoamericana para o Desenvolvimento das Artes Circenses, a instituição iniciou suas atividades no ano de 2000 e além da chancela da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), recebeu o Prêmio Funarte-Carequinha de Estímulo ao Circo (2005 e 2010) e Prêmio Cultura Nota 10 da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. Hoje atende a mais de 150 crianças jovens com idades entre 7 e 24 que frequentam a sua lona de circo, instalada permanentemente na Praça Onze – Rio de Janeiro. Na galeria de espetáculos produzidos pela Cia Crescer e Viver de Circo, estão Vida de Artista, que estreou em 2007, Univvverso Gentileza, que contou a vida do profeta Gentileza, em 2008, e “Baião – a homenagem do circo a Luiz Gonzaga”, no ano passado. O Crescer e Viver tem o patrocínio da Petrobras (Lei de Incentivos à Cultura do Ministério da Cultura) e da ONS (Lei Municipal de Incentivos à Cultura do Rio de Janeiro). Além das parcerias com as Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, COSPE (Itália), FLIC Scuola di Circo.
Mais informações:
Resh Comunicação – (21) 2173-3553
Elaine Chistofori – elaine.chistofori@resh.com.br – (21) 9267-8261
Paulo Ferreira – paulo.ferreira@resh.com.br – (21) 9267-8233