No entanto, para realizar um projeto de “Rádio Comunitária (RadCOM) de fato”, é preciso cumprir várias etapas e exigências burocráticas para se tentar obter a autorização definitiva do Ministério das Comunicações, o que demora acontecer (se acontecer!). Contudo, o mais importante é a instituição ser legítima defensora dos interesses da comunidade e politicamente reconhecida. Para tanto é essencial que seus associados e, principalmente, os atores e agentes comunitários compreendam o que é de fato uma associação de RadCOM, para que possam se comprometer efetivamente com seus projetos. Sendo assim, e de acordo com a experiência adquirida durante os quatro anos de existência burocrática, foi possível diagnosticar a total falta de informação e entendimento do que vem a ser uma RadCOM, ou mesmo uma associação, tanto por parte de seus integrantes, quanto por parte da comunidade em geral.
Por esta razão a Gestão atual, propondo uma solução a médio prazo, elaborou um “Plano Estratégico de Comunicação Direta com a Comunidade” que irá democratizar essas informações fundamentais, levando-as aos espaços coletivos disponíveis para serem apreciadas e debatidas, possibilitando a interação direta com as comunidades, a promoção do diálogo, o estímulo e o envolvimento necessários para se estabelecer e fortalecer um vínculo entre os interessados e a instituição, contribuindo para, talvez, o despertar de um sentimento real de pertencimento.
Com esse objetivo foi criado o Núcleo Experimental de Audiovisual (NEA) que, baseado nos princípios dos Cineclubes, está elaborando o projeto “RadioCineClube”. A ideia consiste na apresentação de uma programação básica com a exibição, em sessões fixas e itinerantes, do filme comercial “Uma Onda no Ar”, sobre a história da rádio Favela FM; do vídeo “Levante a Sua Voz” (do Coletivo Intervozes), sobre a concentração dos meios de comunicação; e de produções alternativas e independentes sobre as rádios livres em total contraponto as rádios comunitárias e comerciais.
E devido ao conhecimento da realidade dos Catadores de Materiais Recicláveis da Sociedade Cooperativa de Bongaba (Cooperação-Bongaba), foi sugerido acrescentar ao projeto o aproveitamento desses espaços coletivos de exibição para desenvolver uma outra ação experimental da Aceercom - “Coletando Oportunidades” -, uma pequena iniciativa educativa socioambiental que propõe mobilizar e organizar a coleta seletiva solidária com a instalação de um Ecoponto nesses locais, com o principal objetivo de gerar “renda direta” para os catadores e contribuir com o meio ambiente, agregando ainda valor social ao projeto.
Para poder dar início ao planejamento, a organização e a execução dessas atividades, a Aceercom, aproveitando a parceria que já mantém com a Ong Transparência Magé, sua principal patrocinadora e apoiadora, propôs que a primeira experiência de um Ecoponto fosse na quadra do G.R.B.C.U. do Vila Nova, na qual sua diretoria já está apoiando a implementação do projeto piloto “Conexão Zumbido”, uma livre iniciativa sociocultural e ambiental da Ong Transparência Magé direcionada aos jovens estudantes e está fundamentada na motivação, educação e transformação. Agregando ações de outras instituições, o projeto propõe integrar e potencializar os diversos talentos das comunidades para resgatar tradições, estimular inovações, desenvolver atividades artísticas, esportivas, recreativas e de entretenimento em seus espaços coletivos.
Telefones: (21) 9642-3957 (Fernando Fernandes), (21) 2633-4784 (Marcos Cesar ou Cristina),
(21) 8601-8334 (Tania Mara), ou e-mail: aceercomdemage@gmail.com
Contatos Transparência Magé:
Telefone: (21) 7701-9726 (Gustavo Meirelles), ou e-mail: gmeirellesdias@yahoo.com.br