No dia nove de junho, aqui na Baixada Fluminense, o município de Magé começou suas comemorações (que se estenderão até o próximo domingo), por conta de seus 446 anos de história sucateada, mas, pelos quais, segundo parte de sua população, não há muito o que se comemorar.
Enquanto isso, no mesmo dia, durante a tarde na Capital, alguns cidadãos mageenses ocupavam o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), mobilizados em um grupo intitulado Movimento Mageense Pela Cidadania (MMPC), segundo seus membros uma iniciativa suprapartidária, para acompanhar, em torcida, a vitória que se deu na sessão que também poderá ser considerada simbólica para o município, um marco histórico de possíveis transformações, na qual os demais membros do colegiado analisaram e acataram o voto da juíza Ana Tereza Basílio, relatora do processo número 5191.2011.619.0000, que entendeu ser possível a eleição direta porque a cassação da prefeita Núbia Cozzolino e seu vice Rozan Gomes ocorreu no primeiro biênio do mandato, processo no qual o Ministério Público Eleitoral pedia a realização de eleição suplementar em Magé. Agora um fato.
Esta vitória, que já pode ser considerada um presente para a cidade, mas que infelizmente ainda não poderá ser aberto, só será comemorada após a conclusão da última etapa deste longo e doloroso processo que ainda irá se iniciar, de fato, após o cumprimento do que cabe ao TSE, que é a publicação do acórdão e então, a partir desta data, se contar os 30 ou 40 dias para as eleições diretas.
Agora, eleitor mageense, é preciso ficar atento aos já corriqueiros e ultrapassados arranjos que se iniciarão novamente por conta de se alcançar, a qualquer custo e parcerias, o cume da montanha...
Do qual se pode vislumbrar uma outra realidade, uma outra Magé – a dos privilégios.
Fernando Fernandes
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