X Festival de MPB em Magé
Aconteceu no dia 17 de setembro, na Casa da Amizade - Rotary Club de Magé, a edição comemorativa dos 10 anos de Festival da MPB em Magé, realizada pelo Grupo Unidos Pela Cultura de Magé, sob coordenação de Roberto da Silva e suas assessoras culturais Neuza Maria, Sonia Araújo, Viviane e Camile Vitória.
O Grupo Infantil “Gostinho de Arte” abriu oficialmente o evento com uma representação teatral de um esquete sobre os históricos Festivais de MPB. O grupo é formado por alunos das aulas de reforço da professora, escritora e produtora cultural, Ana Maria Olimpio.
Nos intervalos das apresentações, Roberto enalteceu os talentos do município, sua história, suas riquezas naturais e culturais. Manisfestou sua indignação por Magé não ter um teatro e leu protestos contra a falta de apoio e ao total descaso (senão desprezo), das autoridades públicas e empresariais do município com as iniciativas e manifestações culturais, verdadeiramente, populares. Mas agradeceu o apoio que tem recebido de seus já fiéis e também novos patrocinadores que, ao longo destes dez anos, continuam investindo na realização do festival em reconhecimento da sua importância para a cultura popular mageense. Os quais merecem o destaque: Marazul Viagens e Turismo, Aviário Conten Frango, Pet Shop Bicho Legal, Papelaria Figueira, Borracharia Mageense, Frango de Ouro de Piabetá, Serginho Rações, Cicle Guidão de Ouro, JK Lavanderia, Esquina do Jenas, CONIBRA Serviços de Contabilidade, Bar do Tamico, Bar e Restaurante Siri de Mauá, Thaynara Auto-Vidros, Sanar Contábil Ltda., Celeste Ternos, Autocenter Namarra, Oficina do Flávio, Auto Escola Rogério, Escritório Contábil Souza e Marques, Centro Educacional Andrade Velasco, Danny Coiffeur e “Kits Nestlé”.
Concorreram e foram premiados nesta edição (fotos): 1) o autor e intérprete Eric Fanuel com a música”Geração Pioneira”; 2) a Banda Mensageiros, com o músico Luiz Felipe interpretando a música “Mas Ele Vive”; 3) o intérprete e músico José Luis com a música “Estrada de Pó”; 4 e 6) o compositor, músico e intérprete Jorge Adega (Segundo Lugar e Melhor Arranjo) com a música de sua autoria “Parabéns Pra Você” e com a “Ciúme” de autoria de Edson Tavares (Primeiro Lugar); 5) o autor, compositor, músico e intérprete Andre Carvalhal com a sua autoral “Rio Brasileiro”, 7) e o intérprete Vitinho com a música “Tributo a Lapa” de autoria de Edson Azevedo (Segundo Lugar e Melhor Intérprete). E as participações especiais de 8) Michele Silva com sua banda de Suruí, 9) Fábio Moura (O Maluco Doidão) e 10) Luciana Barros.
A mesa de jurados (foto abaixo - da direita para à esquerda) foi composta pelo poeta Odir Gomes, a empresária e veterinária Beatriz Rodrigues (também a homenageada desta edição), o presidente do centenário Grêmio Musical Mageense o maestro Alfredo Brandão, o presidente da Academia Mageense de Letras Alzir Ferreira, e o jovem estudante Lucas Skopek.
Com esta edição histórica, o Grupo UPCM completa 10 anos de resistência comprovando que é viável apoiar e incentivar a produção cultural no município (basta querer!), pois talentos não faltam. “Mesmo com muita simplicidade, poucos recursos humanos e financeiros, mas com dedicação e paixão, somos capazes de proporcionar aos artistas mageenses, principalmente as pessoas simples, do povo, um espaço para assistirem e manifestarem seus talentos.”, declarou Roberto, emocionado.
Em sintonia com os manifestos do Festival, declaro aqui, em nome de nossa instituição (ACEERCOM de Magé), o total apoio as angústias do grupo UPCM. Pois, de fato, é absurda a quantia de recursos públicos gastos durante o ano patrocinando apenas a “indústria cultural”, promotora da famosa e, muitas das vezes, alienante “cultura do entretenimento”. Ou nos disfarçados “patrocínios para eventos culturais”, que na realidade são verdadeiros investimentos e escancaradas propagandas para privilegiar um único segmento religioso, o qual garantirá muitos votos
(Lembrem-se: o Estado é “Laico” e não pode promover eventos de caráter religioso com dinheiro público. Que os façam as igrejas, bem riquinhas por sinal!).
Entendo que, se são recursos públicos, primeiro devem ser investidos para estimular a produção, incentivar a promoção e ampliar a divulgação das legítimas e populares manifestações culturais mageenses. Até porque, “patrocinar” uma só expressão cultural em prejuízo da grande diversidade de talentos mageenses, nas suas mais variadas formas de manifestações culturais que muitos já conhecem; além de cruel, é uma violação dos princípios democráticos.
(Lembrem-se: o Estado é “Laico” e não pode promover eventos de caráter religioso com dinheiro público. Que os façam as igrejas, bem riquinhas por sinal!).
Entendo que, se são recursos públicos, primeiro devem ser investidos para estimular a produção, incentivar a promoção e ampliar a divulgação das legítimas e populares manifestações culturais mageenses. Até porque, “patrocinar” uma só expressão cultural em prejuízo da grande diversidade de talentos mageenses, nas suas mais variadas formas de manifestações culturais que muitos já conhecem; além de cruel, é uma violação dos princípios democráticos.
Por isso acreditamos que já está mais do que na hora dos ditos “atores e agentes sociais”, desta sociedade mageense, exigirem transparência destes recursos. Não será o momento de aproveitarmos essas ondas virtuais, as tais “redes sociais”, para nos mobilizar e implementar um Conselho de Cultura, de fato (sem os vícios das manobras dos atuais), ou, quem sabe, um Fórum de Cultura Popular Permanente?
Com a resposta, os ditos “articuladores”, “mobilizadores”... e “ortoridades”.
Fernando Tadeu Fernandes
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