Paulo Bernardo quer ampliar apoio às radcom, mas concorda com acusações das rádios comerciais
Participando do programa “Bom Dia Ministro” (26/Jan), o ministro das comunicações, Paulo Bernardo afirmou que pretende ampliar as formas de sustentação das rádios comunitárias. Segundo ele, o MiniCom apresentará até março, alterações no decreto que regulamenta as radcom, que vem sofrendo ao longo dos anos, a perseguição incessável da Anatel. Paulo Bernardo afirmou que é preciso ampliar o apoio institucional para o financiamento das emissoras, mas condenou a veiculação de publicidade e ressaltou as reclamações de emissoras comerciais.
Negando a perseguição feita pelo governo às rádios comunitárias, o ministro frisou que o Minicom tem ampliado as ofertas de habilitações e que o objetivo é levar pelo menos uma rádio comunitária à todos os municípios do país. “Em 2011, abrimos habilitação em 450 cidades e devemos repetir a oferta este ano, porque reconhecemos o importante serviço prestado à comunidade onde atua cada emissora”, falou.
Paulo Bernardo falou também sobre os desentendimentos que existem entre as rádios comunitáras e as emissoras comerciais. Na declaração, o minstro apoiou as acusações dos empresários donos de rádios. “As rádios comerciais denunciam constantemente as comunitárias, alegando que estão utilizando potência maior do que a permitida ou que estão funcionando sem autorização e isso tem que ser fiscalizado. As comunitárias não podem descumprir a lei”, justificou.
Para o Coordenador Executivo da Abraço Nacional, José Sóter, a questão do apoio cultural é apenas um mote para justificar a perseguição e o combate às emissoras comunitárias. “Na verdade a disputa é ideológica e que a classe dominante, que sempre manteve o monopólio das comunicações, não quer ver os meios democratizados”, afirmou Sóter.
Bruno Caetano
Da Redação - (28/01/2012 - 18:18)
Divulgação colaborativa e voluntária: Fernando Fernandes
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