MST conquista posse de terras no Mato Grosso
Na quarta-feira (17), representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foram até o acampamento Sílvio Rodrigues, em Cáceres, no Mato Grosso. A emissão de posse da terra foi transmitida aos assentados.O acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra foi instalado na Fazenda São Paulo em abril de 2002. Na época, duas mil famílias ocuparam a terra.
De acordo com informações divulgadas na página do movimento, 250 delas resistiram ao longo dos nove anos. Com a posse das terras, o acampamento passa a ser um pré-assentamento.
“É um momento forte”, afirma Nilo da Silva, da coordenação do MST em Mato Grosso. Segundo ele, o dono da Fazenda São Paulo é um dos maiores fazendeiros de Cáceres, em Mato Grosso. Paulo Mendonça será indenizado com 4 milhões e 600 mil de reais.
As famílias já produzem alimentos na área desde a ocupação. Há lavouras de arroz, milho, feijão, mandioca, banana e outras cultivos. O próximo passo do MST será a distribuição de lotes. Com isso, os sem terra poderão construir casas, já que até hoje vivem em barracos de lona preta.
PARÁ - DIREITO DA NATUREZA
Ministério Público Federal pede paralisação das obras de Belo Monte
O Ministério Público Federal (MPF) do Pará entrou, nesta quarta-feira (17), com um processo judicial pedindo a paralisação das obras da hidrelétrica de Belo Monte. A ação questiona os impactos causados pela usina à cultura e ao meio ambiente.Esta é a ação judicial de número 11 envolvendo a construção de Belo Monte. Entre as violações está a remoção de povos indígenas e o desrespeito aos direitos da natureza, tema que pela primeira vez é debatido pelo judiciário brasileiro.
A ação encaminhada é baseada em estudos de impactos ambientais e antropológicos da Fundação Nacional do Índio (Funai).O levantamento aponta para a remoção de povos tradicionais que vivem na Volta do Grande Xingu, região onde está sendo construída a usina. A constatação é de que ocorrerá mudanças na cadeia alimentar e econômica dos indígenas.
De acordo com a ação, o empreendimento não se configura como um interesse da soberania nacional. O MPF pede a paralisação das obras e a suspensão do projeto. Caso esse pedido não seja concedido, os procuradores solicitam que a Norte Energia, empresa responsável pelas obras das obras, seja obrigada a indenizar os povos indígenas.
A hidrelétrica de Belo Monte faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O projeto já levou o Brasil a uma condenação na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). (pulsar/brasilatual)
MARANHÃO - INDÍGENAS
Povo indígena Awá-Guajá corre risco de ser exterminado
É o que afirmam pesquisadores em carta enviada à presidenta Dilma Rousseff. Eles demonstram preocupação com os indígenas Awá-Guajá, povo tradicional do Maranhão.Organizações sociais e institutos científicos nacionais e internacionais assinaram o documento, que aponta que as florestas estão sendo rapidamente destruídas. A prática coloca em risco modos de vida e a própria sobrevivência dos indígenas.
Como um povo de caçadores-coletores sem qualquer tradição de plantio, os Awá-Guajá dependem totalmente da mata para busca de alimentos. Pesquisadores relatam que cerca de 100 destes indígenas permanecem isolados até hoje, vivendo em pequenos grupos móveis.
A carta caracteriza a situação dos indígenas no Maranhão como “grave” e “vulnerável”. Indica que os Awá-Guajá estão sempre em fuga à medida em que grandes trechos das florestas são destruídos.
Dados publicados recentemente pela Fundação Nacional do Índio (Funai) revelam que 31% da terra indígena dos Awá-Guajá já foi invadida por madeireiros e fazendeiros. Grande parte do desmatamento ocorreu após a demarcação do território, realizada em 1992.
A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, o Greenpeace Brasil e Associação Nacional de Ação Indigenista-Maranhão estão entre as instituição que assinam a carta.
O documento pede providências urgentes a fim de impedir o extermínio do povo indígena Awá-Guajá. Solicitam à presidenta Dilma Rousseff a realização de planos de proteção envolvendo órgãos federais e estaduais.
CHILE - EDUCAÇÃO
Movimento estudantil chileno promove dia de protestos
O movimento estudantil chileno se mobilizada para o sexto dia de manifestações dos últimos três meses. Eles reivindicam uma educação pública, gratuita e de qualidade.Após a mobilização, haverá um evento cultural na frente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Chile. Além disso, também será realizado um protesto conhecido como "panelaço".
O Município de Santiago deu permissão para os estudantes marcharem próximos ao palácio presidencial La Moneda. No entanto, negou aos manifestantes sua rota habitual.
A presidente da Confederação de Estudantes do Chile, Camila Vallejo, lamentou a decisão das autoridades. A líder disse que "os estudantes tinham ganhado essa rota".
Após a aceitação por parte dos estudantes do novo trajeto imposto pelas autoridades, a governadora da capital chilena, Cecilia Perez, disse que "o caminho é o diálogo".
Vale lembrar que nas últimas duas marchas, o governo chileno proibiu o trânsito na avenida que vai passa atrás de La Moneda. Nestas manifestações, a polícia chilena reprimiu os estudantes com gás lacrimogêneo e jatos de água.
Esta mobilização é realizada em protesto da Confederação de Estudantes do Chile à nova proposta do ministro da Educação, Felipe Bulnes, para neutralizar o conflito com o setor educacional. O grupo observa que há "graves lacunas" na proposta feita quarta-feira (17) pelo ministro.
O movimento estudantil chileno tem radicalizado sua luta com a pressão sobre o governo para a realização de um plebiscito popular sobre a educação no país.
(Agencia Informativa Pulsar Brasil - envio por e-mail)
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